segunda-feira, 11 de julho de 2011

PREFIRAM SEMPRE A CRISTO

E ae povo!!!!!!!!!

Quero deixar para vocês pensarem duas mensagens que achei muito bonitas.

A primeira é de São Paulo, quando escreve para a comunidade de Roma, olha o que ele diz:

"Não vos conformeis com o mundo, mas transformai-vos, renovando vossa maneira de pensar e de julgar, para que possas distinguir o que é da vontade de Deus, isto é, o que é bom, o que lhe agrada, o que é perfeito." (Rm 12, 2).

A segunda é de um santo, São Bento, cuja a memória comemoramos hoje. Este santo é um dos fundadores da vida monástica (monges) e o trecho que vou colocar é parte da regra que ele escreveu para seus monges, ele diz:

"Assim como há um zelo mau de amargura, que afasta de Deus e conduz ao inferno, assim também há um zelo bom, que separa dos vícios e conduz a Deus. É este zelo que os monges (cada um de nós) devem pôr em prática com amor ferventíssimo, isto é, antecipem-se uns aos em atenções recíprocas (cf. Rm 12, 10). Tolerem pacientissimamente as suas fraquezas, físicas ou morais; rivalizem em prestar mútua obediência; ninguém procure o que julga útil para si, mas sobretudo o que o é para o outro; ponham em ação castamente a caridade fraterna; temam a Deus com amor; amem o seu abade com sincera humilde caridade; nada absolutamente prefiram a Cristo; e que ele nos conduza todos juntos para a vida eterna."

Que essas mensagens nos ajudem a ter um dia melhor e busquemos sempre ser felizes!!!

:D
\o/

quinta-feira, 16 de junho de 2011

CASTIDADE, DOAÇÃO PELO OUTRO

O evangelho nos convida a refletir sobre uma virtude essencial na vida do cristão: a castidade. É fato que um dos mandamentos da Lei de Deus é: “Não pecar contra a castidade.” Na maioria das vezes não temos noção da amplitude desse pecado, comumente designado a fornicação e masturbação, esse pecado compreende desde de leituras inapropriadas, pensamentos maliciosos até o que nós já falamos, a fornicação e a masturbação. Gostaria de refletir nesse artigo sobre a vivência dessa virtude que é essencial para todos aqueles que querem seguir a Boa Nova e já neste mundo construir o Reino de Deus.
Vamos delimitar o conceito de castidade para depois compreender como vive-la da melhor forma possível. O item 2337 do Catecismo da Igreja Católica nos elucida o que é castidade: “A castidade significa a integração correta da sexualidade na pessoa e, com isso, a unidade interior do homem em seu ser corporal e espiritual. A sexualidade, na qual se exprime a pertença do homem ao mundo corporal e biológico, torna-se pessoal e verdadeiramente humana quando é integrada na relação de pessoa a pessoa, na doação mútua integral e temporalmente ilimitada do homem e da mulher.”
É necessário vivermos essa virtude em função da opção de vida que fazemos, ligada também a nossa vocação. A castidade, como vimos, tem um aspecto fundamental da doação, doação essa em função do outro, tomemos dois exemplos para nos elucidar melhor: Quando um casal se casa, diz Jesus são um só corpo e uma só alma, ou seja, existe uma doação mútua de ambos os cônjuges para buscar o bem maior da felicidade do casal. O outro exemplo são os padres e religiosos que abrem mão do casamento em prol da construção mais eficaz do reino de Deus.
Peçamos a Virgem Maria, exemplo de castidade e pureza, que interceda por nós diante de Deus para nos dar o dom da castidade, para que sendo puros em nossos pensamentos, palavras e ações possamos já neste mundo o deixar mais perfeito para um dia poder gozar na eternidade com todos os Santos.

SOLENIDADE DE SÃO JOÃO BATISTA

“Endireitai hoje os caminhos do Senhor!”
            Por ocasião do mês de junho a Igreja celebra a solenidade de São João Batista. Esta solenidade rememora a natalidade deste grande santo para a Igreja.
            São João Batista, conforme Sto. Agostinho nos lembra hoje, é o encontro do antigo e novo testamento. Ele representa todos os profetas da Antiga Aliança e anuncia Jesus Cristo, a Nova Aliança.
            São João Batista, em seu primeiro encontro com Cristo, quando ainda estava no ventre de sua mãe já foi motivo de exultação. Imaginemos Maria e Isabel se abraçando e os dois ventres se tocando, talvez João Batista nunca estivesse tão próximo de Cristo como desta vez.
João haveria de ser precursor de Jesus Cristo, como nos diz Jeremias: “Antes de forma-te no ventre materno, eu te conheci; antes de saíres do seio de tua mãe eu te consagrei e te fiz profeta das nações.” Certamente essa Palavra de Jeremias nos remete a missão de São João Batista e nos impulsiona para sermos profetas no nosso mundo. Ainda sobre este ponto gostaria de refletir que João Batista é precursor de Cristo, aquele cuja missão tem que preparar os caminhos para Cristo, missão essa que leva João Batista a morte. Deixemo-nos inspirar por João Batista e comecemos a anunciar a Boa-nova do evangelho.
Ainda outro ponto gostaria de refletir do Sermão de Sto. Agostinho: “Com efeito, quando João já anunciava o Senhor, perguntaram-lhe: Quem és tu? (Jo 1,19). E ele respondeu: Eu sou a voz do que clama no deserto (Jo 1,23). João é a voz; o Senhor, porém,no princípio era a Palavra (Jo 1,1). João é a voz no tempo; Cristo é, desde o princípio, a Palavra eterna.” São João, como nos diz Sto. Agostinho é a voz, aquele que clama para que nossos corações estejam abertos para ouvir Jesus a falar em nossos corações. Jesus é a palavra, o lógos, isso nos remete ao princípio de todas as coisas, aquilo que é o mais fundamental em nossas vidas. Jesus é o princípio, ele deveria fundamentar nossa vida a todo o momento. Deixemo-nos inspirar pelo princípio de tudo, Cristo para realizamos a missão de profetas inspirados em São João Batista.
São João batista, rogai por nós!

MARIA E A VOCAÇÃO

 “No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um varão chamado José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria. Entrando onde ela estava, disse-lhe: “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!” Ela ficou intrigada com essa palavra e pôs-se a pensar qual seria o significado da saudação. O Anjo, porém, acrescentou: “Não temas, Maria! Encontraste graça junto de Deus. Eis que conceberás no teu seio e darás à luz um filho, e o chamarás com o nome Jesus. Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará na casa de Jacó para sempre, e o seu reinado não terá fim”. Maria, porém, disse ao anjo: “Como é que vai ser isso, se eu não conheço homem algum?” O Anjo lhe respondeu: “O Espírito Santo virá sobre ti e o poder do Altíssimo vai te cobrir com a sua sombra; por isso o Santo que nascer será chamado Filho de Deus. Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice, e este é o sexto mês para aquela que chamavam de estéril. Para Deus, com efeito, nada é impossível.” Disse, então, Maria: “Eu sou a serva do Senhor; faça-se em mim segundo tua palavra!” E o Anjo a deixou.” (Lc 1, 26-38).


“No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um varão chamado José, da casa de Davi …”
            Deus se manifesta no tempo e na história, ou seja, ele conhece a nossa realidade, sabe da nossa condição humana. Deus se manifesta no tempo e na história pois é nela que o ser humano vive; é no tempo e na história que os fatos acontecem; é no tempo e na história que somos chamados a santidade.
 “… e o nome da virgem era Maria …”
            Deus não conhece apenas a nossa realidade. Deus chama pelo nome por duas razões: A primeira é porque não somos iguais a ninguém. Deus nos fez único. A segunda é que a missão que Deus nos chama é nossa, de maneira que não temos como viver a missão dos outros, apenas a que Deus nos confia. Porém vivemos a nossa missão em comunidade.
“… Entrando onde ela estava disse-lhe: “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo” …”
            Deus ao se manifestar no tempo e na história, nos chamando assim pelo nome ele vai mais além e fala para nós; os sinais de Deus são pessoais, ou seja, um sinal de Deus para mim pode não ter a mesma importância ou até nenhuma para o outro. A experiência que fazemos de Deus é a sua maneira de nos falar.
“… Ela ficou intrigada com essa palavra e pôs-se a pensar qual seria o significado da saudação …”
            Ficamos intrigados quando Deus nos fala, por intrigados entendemos primeiramente a atitude de contemplação diante do que Deus nos fala, logo após de curiosidade e questionamento. Os questionamentos nem sempre são respondidos na hora, muito pelo contrário podemos levar uma vida toda e não ter a ou as repostas para os questionamentos de Deus.
“… O Anjo, porém, acrescentou: “Não temas, Maria! Encontraste graça junto de Deus.” …”
            Diante das dúvidas que muitas vezes não temos as repostas Deus alenta nosso coração. Ele não dá a resposta, mas dá a certeza de que vale a pena seguir o caminho que ele nos propõe, mesmo com as dúvidas.
“… “Eis que conceberás no teu seio e darás à luz um filho, e o chamarás com o nome Jesus. Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará na casa de Jacó para sempre, e o seu reinado não terá fim.” …”
            Deus confere a cada um de nós um chamado. O chamado de Maria por excelência é especial, pois ela dá a luz ao Filho de Deus. A cada um de nós Deus tem uma vocação específica, portanto para que nós possamos reconhecê-la precisamos bem viver a vocação à vida e a vocação cristã.
“… Maria, porém, disse ao anjo: “Como é que vai ser isso, se eu não conheço homem algum?” …”
            Questionamos a nossa missão e também a vocação ao qual Deus nos chama. O questionar-se não quer dizer que não temos vocação, muito pelo contrário, aquele que não se questiona sobre a sua vocação é que preocupa. As dúvidas fazem parte da caminhada mais o Espírito Santo sempre está conosco a nos guiar no caminho da perfeição, basta-nos deixar guiar por esse Espírito.
“…O Anjo lhe respondeu: “O Espírito Santo virá sobre ti e o poder do Altíssimo vai te cobrir com a sua sombra; por isso o Santo que nascer será chamado Filho de Deus” …”
            O Espírito Santo não nos abandona diante das dúvidas.
“… “Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice, e este é o sexto mês para aquela que chamavam de estéril.” …”
            Deus no tempo e na história dá sinal da sua graça. Deus pode-se usar desses sinais para mostrar-nos nossa missão.
“… “Para Deus, com efeito, nada é impossível.” …”
            Diante desses sinais de sua graça no tempo e na história Deus revela-se: onipotente, onisciente e onipresente.
“… “Disse, então, Maria: “Eu sou a serva do Senhor; faça-se em mim segundo tua palavra!” …”
            Nossa resposta ao chamado de Deus é fundamental. Deus não precisa de nós, Deus quis precisar de nós para realizar seu plano de salvação. Deus não nos promete facilidade, mas sim felicidade. A resposta que nós damos ao nosso chamado irá influenciar diretamente na história da salvação, na nossa história e na história das outras pessoas. Seremos infelizes se optarmos pela vocação errada. O chamado é de Deus a reposta é do homem.
“… “E o anjo a deixou.” ”
            O ato do anjo se retirar significa o envio a nossa missão. Deus se retira, porém deixa o Paráclito para que possamos bem realizar nossa missão, não por nossos méritos, mas sim por graça de Deus. Lembrar Festa da Ascensão.
            Portanto, que ao exemplo de Maria, diante de todas as suas dificuldades deixemo-nos como ela guiar-se pelo Espírito Santo para que junto d’Ele possamos realizar a nossa missão afim de que já neste mundo construamos o Reino de Deus e assim possamos também ser felizes já neste mundo e por fim já na Glória podermos gozar com os Anjos e os Santos.
LOUVADO SEJA NOSSO SENHOR JESUS CRISTO!
PARA SEMPRE SEJA LOUVADO!
| Ajudaram na elaboração deste artigo: Diego Garcia e Luiz Maria, sobre eles invoco as mais queridas bençãos de Maria! |

O VERDADEIRO SENTIDO DO SOFRIMENTO


Assumimos com Epicuro que todos os prazeres são de uma só e mesma espécie, sendo que para ele o prazer é a ausência de dor física (aponía) e a ausência da dor corpórea (ataraxía).
Ora, temos prazeres que são naturais e necessários, como exemplo pode-se citar: comer quando se tem fome. Temos também os prazeres naturais e não necessários, como exemplo pode-se citar: comer alimentos refinados e por fim temos os prazeres não naturais e não necessários, que podemos citar o exemplo  da busca desenfreada pela riqueza.
Immanuel Kant assume esses conceitos, porém dá novos horizontes a eles:
“A razão, numa lei prática, determina a vontade imediata, não por intermédio de um sentimento de prazer ou de desprazer que venha se interpor entre as duas, nem sequer por intermédio do prazer ligado a esta lei: e é só porque ela pode ser prática como razão pura que lhe é possível ser legislativa.” (KANT, I. Crítica da razão prática).
Kant introduz novos conceitos que necessariamente precisamos entender para compreender a sua tese, são eles: a razão pura são determinações que são feitas a priori, isto é, sua justificação não depende de qualquer processo particular da experiência. Também podendo significar razão teórica pura, que determina a natureza do que é, lógica interna. A razão prática é uma fonte autônoma de princípios normativos, capaz de motivar o comportamento independente do desejo e da aversão ordinária.
Para Kant os prazes são de uma só e mesma espécie como em Epicuro, porém a razão pura, sendo prática por si só, ou seja, sem inclinações deve determinar o desejo e sendo assim ela é a faculdade superior de desejar.
No cristianismo podemos admitir o que Kant fala, na medida em que admitimos que a fé seja a priori e nos leva necessariamente a uma prática e sendo assim essa prática é pura; porém não o que Epicuro fala pois o sofrimento tem papel central no cristianismo.
Ora, estamos vivendo ainda no tempo pascal e memoramos o sacrifício cruento da cruz que é essencialmente sofrimento e redenção e aí o cristianismo entende o verdadeiro sentido do sofrimento, que é a nossa redenção como maior prova de amor de um Deus que nos ama infinitamente. Que possamos em nossa vida através da fé entender o sentido primeiro da cruz e assim consecutivamente o nosso sofrimento, nos levando a uma atitude de misericórdia para com os nossos irmãos.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

A ÉTICA COMO ARTE DO BEM VIVER HUMANO

A ética é um assunto de extrema importância para a nossa reflexão. Vou me basear em Aristóteles para refletir sobre este tema que se mostra tão importante nos nossos dias. Será uma exposição breve que abordará dois conceitos muito importantes e fundamentais para a ética aristotélica: a eudaimonia ou a vida bem sucedida e a excelência de caráter. Também vou explicitar de maneira breve o contexto político da época onde Aristóteles com sua filosofia responde aos anseios da comunidade grega antiga.

A relação política da Grécia antiga se dava através da Pólis mas, quem fazia parte da Pólis? Basicamente faziam parte da Pólis aqueles que não se ocupavam com os trabalhos manuais, do tipo: limpar, plantar, guerrear, etc. Aqueles que faziam parte da Pólis eram aqueles que detinham basicamente o poder intelectual e econômico. A ética nessa época está muito associada com a política, sendo ela de maneira breve a prática que visa o bem.

O conceito de eudaimonia é bem simples. A pergunta que segue-se é importante para limitarmos esse conceito. O que é a vida bem sucedida? A vida bem sucedida caracteriza-se pelo uso fruto dos prazeres mais refinados e agradáveis, pela obtenção de uma boa reputação para si, a seu juízo e a juízo de outros, aqui entra propriamente a política e pela apreciação do entendimento da realidade, ou seja, a prática da filosofia que para os gregos em última análise é a busca pela verdade.Todas as nossas atitudes buscam a eudaimonia como fim, inclusive Aristóteles fala que a eudaimonia é a única finalidade perfeita para o ser humano. Aqui coloca-se outra questão? Qual é p melhor modo de bem viver? A única maneira de bem viver na visão de Aristóteles é exercitar a alma racional, que é essência do ser humano. As atividades que elevam a alma racional são aquelas anteriormente citadas, a saber: o uso fruto dos prazeres, a vida pública e a vida dedicada a filosofia.

Alguns estudos antropológicos a cerca do homem dizem que para corrigirmos falhas referentes à formação de caráter é necessariamente a prática das virtudes morais. Aristóteles se encaixa perfeitamente nessa visão. Ele argumenta dizendo que quando fazemos o melhor uso da razão nós buscamos a prática das virtudes morais. Para entender a excelência de caráter precisamos entender duas coisas: a primeira é que nós somos dotados de uma sabedoria prática que é a capacidade de nós homens decidirmos entre as coisas boas ou más, a segunda são as virtudes morais que na sua prática buscam a elevação da alma racional.

A ética Aristotélica obviamente é bem mais complexa que esse dois conceitos, porém vejo nos nossos dias a carência desses conceitos na maior parte da nossa população. Quanto problemas da nossa sociedade esbarram exatamente nesses dois conceitos? Quantos políticos vemos com seu caráter marcado por vícios? Por fim, esse texto não tem por objetivo ser definitivo e nem de alto nível cognoscível, quer apenas despertar em cada um de nós a reflexão sobre a ética, primeiro fazendo-nos refletir sobre nossas atitudes e depois, tendo consciência que somos seres em relação, auxiliarmo-nos mutuamente.